A média de cabeças de gado em áreas de pastagem no Brasil, de acordo com os dados do Censo Agropecuário realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2017, é de 0,97 UA/ha, ou seja, na média, algo próximo a 1 cabeça de gado por hectare.
Essa média de ocupação, no entanto, pode variar significativamente dependendo de uma série de fatores como a qualidade do pasto, o manejo da terra, o clima, e as práticas de pecuária implementadas. Regiões que investem em práticas intensivas e sustentáveis geralmente alcançam uma maior concentração de cabeças de gado por hectare. O uso de tecnologias de manejo eficiente do solo, água, e alimentação contribui para otimizar o rendimento da pastagem, permitindo uma taxa de ocupação mais elevada sem comprometer a qualidade dos recursos naturais. Algumas propriedades que adotam estratégias mais modernas e integradas conseguem sobrepujar a média nacional, destacando-se pela eficiência produtiva e ambiental. Além disso, o treinamento e capacitação dos profissionais envolvidos no manejo do gado desempenham um papel crucial para alcançar resultados superiores e sustentáveis na pecuária intensiva.
A pecuária intensiva envolve o uso de tecnologias avançadas e práticas de manejo aprimoradas para aumentar a produtividade por área. Diferente dos métodos tradicionais, que se concentram em práticas extensivas e muitas vezes resultam em impacto ambiental significativo, a pecuária intensiva busca maximizar o uso de recursos disponíveis de forma sustentável. Isso inclui o manejo eficiente da alimentação, melhoramento genético dos rebanhos, e a implementação de sistemas que reduzam desperdícios e aumentem a eficiência. Um dos principais objetivos é atender à crescente demanda global por carne e produtos de origem animal sem expandir desnecessariamente a área agrícola, promovendo assim a sustentabilidade na produção agropecuária.
Conforme a intensificação dos sistemas de produção, a média de suporte aumenta. Métodos de pastejo, como o contínuo, adubado, rotacionado, irrigado e alternado, são estratégias que podem elevar a capacidade de suporte para cerca de 15 a 20 cabeças de gado por hectare, ou até mais. Deve-se considerar a sazonalidade na produção de forragem durante o ano, que é mais nutritiva e abundante no período das águas, mas diminui significativamente no inverno, impactando a capacidade de suporte. Além deste fator sazonal, é essencial ajustar a produção ao tipo de sistema utilizado na fazenda, seja ele extensivo, semi-intensivo ou intensivo.
Adicionalmente, a categoria do animal também influencia nas necessidades, pois diferentes tipos de gado, como vacas prenhas, bezerros, garrotes, novilhas ou animais adultos, possuem demandas específicas de matéria seca. Assim, a escolha apropriada da forrageira é crucial, além de ajustar a taxa de lotação em conformidade com a capacidade de suporte da área, para evitar tanto o subpastejo quanto o superpastejo.