Nos últimos anos, o Brasil experimentou um grande crescimento na produção de carne bovina, passando da quinta posição em 1960 para a segunda colocação em meados da década de 1990, posição que mantém até hoje. Embora estejamos atrás dos EUA em termos de produção, somos os maiores exportadores de carne bovina do mundo, e essa diferença está ligada às particularidades entre a pecuária intensiva e a extensiva.
A utilização de tecnologia e o tamanho da área dedicada à criação dos animais são os dois principais fatores que distinguem esses sistemas produtivos. Além disso, a integração lavoura-pecuária tem se mostrado uma estratégia eficaz para otimizar o uso das terras e melhorar a sustentabilidade do negócio. Todo pecuarista deve estar ciente dessas diferenças e possibilidades para compreender como cada abordagem afeta a produtividade do rebanho e, assim, adotar medidas de melhoria.
Mas, afinal, quais são as características da pecuária intensiva e da extensiva? Quais as vantagens e desvantagens de cada um desses modelos de produção? Continue conosco para descobrir!
A pecuária extensiva é um método de criação de animais que se caracteriza pela utilização de grandes pastagens e a flexibilidade de movimentação dos animais. Nesse sistema, os rebanhos são geralmente menores em comparação com a pecuária intensiva, permitindo que os animais pastem em áreas amplas e aproveitem os recursos naturais disponíveis. Um dos principais benefícios da pecuária extensiva é a promoção do bem-estar animal, pois os animais têm maior liberdade para se comportar de maneira natural, o que pode resultar em um melhor estado de saúde geral.
Além disso, a pecuária extensiva pode ser menos impactante em termos ambientais, já que costuma requerer menos insumos externos, como rações e medicamentos. No entanto, a eficiência da produção de carne ou leite pode ser reduzida, uma vez que a taxa de crescimento dos animais é geralmente mais lenta. Assim, a gestão cuidadosa das pastagens e a rotação adequada dos rebanhos tornam-se essenciais para garantir a sustentabilidade desse tipo de pecuária, prevenindo a degradação dos solos e promovendo a manutenção da biodiversidade local.
A principal vantagem desse tipo de criação é o baixo custo de investimento, pois o gado se alimenta do pasto disponível na própria propriedade. A única necessidade adicional é a suplementação alimentar e a reposição de minerais em certas épocas do ano, o que torna os custos com a engorda bastante reduzidos.
No entanto, a maior desvantagem dessa prática é a necessidade de grandes extensões de terra.
Além disso, é difícil monitorar o desempenho individual dos animais, já que eles se espalham pela propriedade, se alimentam de forma natural e podem sofrer com a falta de nutrientes devido à baixa qualidade das forragens disponíveis.
A pecuária intensiva é um sistema de produção que se distingue pela alta densidade de animais em áreas limitadas. Este método visa maximizar a produção em ambientes controlados, utilizando técnicas avançadas de manejo, alimentação e cuidados veterinários. Na pecuária intensiva, os animais são frequentemente criados em instalações fechadas ou semi-fechadas, onde suas necessidades alimentares são atendidas por rações formuladas que garantem crescimento rápido e eficiência na conversão alimentar.
Entre os benefícios da pecuária intensiva estão a possibilidade de uma produtividade muito elevada e um uso mais eficaz dos recursos hídricos e alimentares, uma vez que as condições de manejo são controladas. Contudo, essa prática também levanta preocupações, especialmente em relação ao bem-estar animal, pois os espaços confinados podem restringir o comportamento natural dos animais, levando ao estresse e a problemas de saúde. Além disso, a preocupação com o impacto ambiental é crescente, dado que o uso intensivo de insumos pode levar à poluição do solo e da água, bem como ao aumento das emissões de gases de efeito estufa. Portanto, considerar um equilíbrio entre a produção eficiente e o bem-estar animal, assim como a sustentabilidade ambiental, é cada vez mais importante na discussão sobre a pecuária intensiva.
A principal vantagem da pecuária intensiva é a alta produtividade obtida por meio de técnicas alimentares específicas e do melhoramento genético. Além disso, destacam-se outros benefícios, como a maximização da taxa de ocupação por hectare, maior controle sobre o ganho de peso dos animais e um rendimento superior da carcaça na fase de terminação.
Por outro lado, essa prática apresenta desvantagens significativas, como a necessidade de uma mão de obra especializada, o investimento em tecnologias avançadas e em estruturas adequadas para o conforto dos animais, que envolvem altos custos.
A escolha entre a pecuária intensiva e a extensiva deve ser baseada em uma análise criteriosa de diversos fatores, incluindo objetivos de produção e recursos disponíveis. Inicialmente, os produtores devem definir suas metas, como a necessidade de produção rápida e em larga escala, que geralmente favorece o modelo intensivo, ou a busca por práticas mais sustentáveis e com maior bem-estar animal, que tende a inclinar-se para a pecuária extensiva.
Além disso, é essencial considerar a infraestrutura disponível e a capacidade de gestão. A pecuária intensiva requer investimentos significativos em tecnologia e instalações, enquanto a extensiva pode demandar um amplo espaço com pastagens adequadas, o que pode ser uma limitação em áreas onde a terra é escassa. Assim, a escolha deve levar em conta a viabilidade econômica, ponderando sempre o equilíbrio entre produtividade e práticas sustentáveis que respeitem a saúde animal e a biodiversidade local.
Finalmente, é recomendável que os produtores se mantenham atualizados sobre as inovações na pecuária, pois essas podem oferecer alternativas ou combinações dos dois métodos, maximizando os benefícios e minimizando as desvantagens. E se você está procurando uma fazenda à venda para aplicar essas práticas modernas, confira as melhores oportunidades disponíveis em nosso site hoje.